China lança com sucesso sua primeira mulher astronauta ao espaço
A famosa frase do antigo presidente Mao Tsé-tung ecoa mais uma vez pela China: "As mulheres detêm metade do céu". Hoje, um terço do espaço sideral será de Liu Yang, 33 anos, que divide a Shenzou-9 com outros dois astronautas, Jing Haipeng e Liu Wang. A missão, que partiu neste sábado, às 18h37 (hora local) de Jiuquan, durará uma semana.
A manobra marca a entrada à segunda fase do Projeto 921 - o projeto espacial de Pequim, criado em 1999. Em 2003, o país asiático conseguiu completar a primeira fase do Projeto 921 ao enviar seu primeiro astronauta, Yang Liwei. Em nove anos, o país envia agora uma tripulante feminina, que passou por uma série de testes e teve de cumprir uma lista de exigências (ter um filho de parto normal e bons dentes). Os Estados Unidos demoraram 21 anos para ter a primeira astronauta mulher.
Emergentes lideram exploração espacial para salvar o planeta
Com cortes orçamentários, derivados da crise econômica que amarga desde 2008, os EUA estão ficando para trás na corrida espacial, com países latino americanos, árabes e asiáticos - em especial a China - apostando recursos no desenvolvimento da tecnologia necessária para explorar o universo.
Poucos países aparecem como opções economicamente viáveis para a exploração espacial em troca da salvação do planeta Terra e as grandes apostas são as nações da Eurásia - Rússia, Índia e China. Esta era a mensagem do 60º Congresso Anual da Federação Astronômica Internacional, realizado em 2010 na Coreia do Sul. De volta à Ásia, este ano será a vez de Pequim receber a Assembleia Geral da Federação.
A reunião deverá ser marcada pelas histórias de sucesso da China na causa da exploração espacial, cujos investimentos subiram dez vezes em uma década. Pequim não só está apostando em suas viagens siderais próprias, como está desenvolvendo acordos internacionais para levar outras nações ao espaço em troca dos resultados de pesquisa obtidos. É o caso na Nigéria que, em 2005 assinou um acordo com o país asiático para o lançamento de um satélite de comunicação em 2007.
A ideia é que as economias emergentes, com mais gás financeiro, liderem a corrida espacial e possam instalar mais satélites que auxiliem nas pesquisas climáticas.
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